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Abordagem propõe uma criação sem violência, mais empática e respeitosa com as crianças
Há um grupo crescente de pais e mães que vêm adotando uma postura mais consciente e empática na educação dos filhos. São pessoas que buscam opções alternativas ao uso de violência e punições com as quais foram criadas, e que tendem a valorizar aspectos como o respeito, as emoções e o vínculo entre pais e filhos. Nesse contexto estão abordagens como a educação positiva, que tem se destacado no universo da parentalidade, impulsionada pela maternidade tardia ‒ a idade média das mães ao ter um filho era de 25,7 anos, em 2010, passando para 27,7 anos, em 2020, segundo o IBGE.
“A educação positiva propõe uma nova forma de se relacionar com as crianças, baseada em respeito mútuo, conexão emocional, escuta ativa e disciplina sem violência”, explica a educadora parental Priscilla Montes, certificada pela Positive Discipline Association (PDA).
Diferentemente dos modelos tradicionais baseados no autoritarismo, gritos e rigidez, a educação positiva entende o comportamento infantil como uma forma de comunicação e busca acolher as emoções da criança sem abrir mão de limites claros.
"Educar com base na conexão e no respeito é um convite diário à autorresponsabilidade. A criança nos convida a olhar para dentro, a reconhecer nossas próprias emoções e padrões, e a fazer diferente. Não é sobre perfeição, é sobre intenção e constância", reforça Priscilla.
A prática estimula o diálogo, o acolhimento emocional e o fortalecimento dos vínculos familiares. Segundo a especialista, a parentalidade positiva também responde a um desejo contemporâneo: criar crianças emocionalmente saudáveis, preparadas para lidar com o mundo de forma consciente e segura.
Assim, em vez de impor pela força, os pais são convidados a guiar com empatia, construindo um ambiente onde a criança se sinta confiante para se expressar e crescer com autonomia e autoestima. A lógica é simples: estudos já mostraram que crianças que se sentem ouvidas e respeitadas tendem a colaborar mais e desenvolver maior inteligência emocional.
A educação positiva tem se espalhado em cursos, grupos de apoio e redes sociais, conectando famílias que compartilham valores semelhantes e desejam renovar a forma de educar. Em 2024, foi sancionada a Lei nº 14.826, que estabelece a parentalidade positiva e o direito ao brincar como estratégias para prevenir a violência contra crianças.
Segundo a especialista, optar pela educação positiva não significa que educar será mais fácil, pelo contrário, exige mais presença, autorreflexão e disposição para aprender continuamente.
Priscilla destaca que a educação positiva não elimina os desafios da criação dos filhos, mas oferece ferramentas mais eficazes e humanas para lidar com eles. "Quando compreendemos o que está por trás do comportamento da criança, conseguimos responder com mais clareza e menos reatividade. Isso fortalece a relação e contribui para que os filhos cresçam com mais segurança emocional, confiança e respeito por si mesmos e pelos outros", finaliza.
Texto: Canguru News
Crédito de foto: Acervo Canguru News
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