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    Volta às aulas: como cuidar do sono para não afetar o desenvolvimento escolar

    Volta às aulas: como cuidar do sono para não afetar o desenvolvimento escolar

    Com o início do ano letivo, é preciso retomar a rotina e os horários de sono para que as crianças durmam bem e assim tenham disposição durante o dia para frequentar a escola e realizar as atividades necessárias. O número de horas de sono varia segundo a idade da criança, sendo em média de 10 a 13 horas por dia, para crianças de 3 a 5 anos; de 9 a 12 horas, para a faixa etária de 6 a 12 anos; e de 8 a 10 horas, a partir dos 12 anos de idade, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

    Porém, além do tempo, é importante atentar à qualidade do sono e observar se a criança não está sofrendo algum distúrbio do sono, apresentando sinais como lentidão no raciocínio, irritabilidade, atraso puberal e comprometimento de memória.

    Abaixo, o otorrinolaringologista Fabrizio Romano, atual presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cervico-Facial, esclarece dúvidas sobre sono infantil, a relação do sono com a rinite alérgica e dicas para dormir melhor. 

     

    Qual a importância de um sono de qualidade para as crianças?  

    “É importante compreender que ao dormir as crianças armazenam as informações aprendidas durante o dia. Afinal, todos passam por um ciclo do sono, que contém fases mais leves e mais profundas, como o sono REM, que é o mais profundo. É nesse momento do ciclo que os pequenos fixam o que aprenderam durante o dia e por isso ele tem tanta relevância”, afirma Fabrizio  

    O médico acrescenta que é nessa fase do sono que o corpo atinge o pico de relaxamento. Caso essa etapa não ocorra, o sono se torna menos eficiente, comprometendo a disposição durante o dia seguinte. Isso também prejudica o desenvolvimento escolar, uma vez que as crianças não possuem energia suficiente para desempenhar as tarefas necessárias.  

    Qual a relação entre o sono e a rinite alérgica?  

    Fabrizio explica que pacientes com rinite alérgica podem ter dificuldade para dormir. “Devido à obstrução nasal, os pacientes precisam realizar mais esforço muscular para respirar, impedindo que eles cheguem nas fases de relaxamento mais intenso. A intenção do uso de um antialérgico é justamente aliviar esses sintomas e por isso é tão importante estar atento ao tipo escolhido.” Segundo o especialista, os antialérgicos de primeira geração interferem na fase do sono REM, sendo mais indicados os da segunda geração. 

    Quais as dicas para alívio dos sintomas? 

    “Uma das medidas mais eficazes é a higiene ambiental, ou seja, afastar a criança das causas da alergia, como poeira e pelos de animais. Muitas vezes testes alérgicos são necessários para identificar com exatidão os fatores desencadeantes da alergia. Para rinite alérgica, a lavagem do nariz com soro fisiológico também costuma ser bastante benéfica nas crianças.”  

    O médico orienta ainda que os pais controlem o tempo gasto em telas para reduzir impactos de produtividade e procurar por um pediatra alergista para auxiliar com os cuidados adicionais, se necessários.

     

    Texto: Canguru News  
    Crédito de foto: Acervo Canguru News

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