Publicações Educacionais

    Incentivar a autonomia dos filhos ou mostrar que você tem razão, qual a sua escolha?

    Incentivar a autonomia dos filhos ou mostrar que você tem razão, qual a sua escolha?

    Dos criadores de ‘Eu te avisei’, vem aí: ‘Bem feito’!

    A frase estampada no pano de prato à venda na feirinha de artesanato arranca gargalhadas e faz muitas mães e pais vestirem a carapuça. Quem nunca?

    Quem nunca avisou o filho para levar um casaco porque ia esfriar e o filho não levou?

    Quem nunca alertou a filha para guardar o livro da escola dentro da mochila para não esquecer no dia seguinte e a filha esqueceu mesmo assim…

    São muitos exemplos e aposto que você lembrou de mais alguns aí. Nessas horas, quem segura a nossa vontade de apontar o dedo para o que não deu certo, apesar dos nossos inúmeros e sábios conselhos? Diante do erro, chega a hora da nossa consagração, o ápice de que tínhamos razão! Ah, quanta felicidade isso nos traz!

    Para nossa surpresa, no entanto, nem precisávamos escancarar que estávamos certos. Na grande maioria das vezes, os filhos já perceberam isso sozinhos. Sentiram na pele o frio naquele dia, tiveram uma anotação do professor por terem esquecido de levar o livro. As consequências foram postas e eles tiveram que lidar com elas. 

    Fico pensando que a confirmação de que estamos certos contribui para o ganho de autonomia e construção da autoestima dos nossos filhos. Mas será que ela ajuda a melhorar a nossa conexão com eles? Será que precisamos correr esses riscos só para ter razão? Eu penso que não.

    Que tal tentar trocar o “Eu te avisei” e o “Bem feito!” por “O que você pensa em fazer diferente da próxima vez?”, “O que você aprendeu com essa experiência?” ou “Que solução você encontrou para resolver esse problema”? A chance de pais e filhos terem uma conversa mais leve e construtiva aumenta muito, além de conhecerem mais como a criança pensa.

    É passar a ver o filho como parte da solução e não como parte do problema. É dialogar com maturidade com alguém que pode errar e é capaz de consertar ou de improvisar. É também ver o filho como alguém que tomou uma decisão, que fez uma escolha e é capaz de assumir as consequências dos seus atos.

    É também uma escolha nossa: eu quero incentivar a autonomia ou ter razão?

    Desejo boas conversas!

     

    Texto: Renata Pereira Lima | Canguru News  
    Crédito de foto: Acervo Canguru News

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