Publicações Educacionais

    5 razões para falar sobre representatividade negra a partir de livros infantis

    5 razões para falar sobre representatividade negra a partir de livros infantis

    Embora vivamos em um país em que a maioria da população é negra, a cor da pele, lamentavelmente, ainda faz com que muitas pessoas sejam vítimas de preconceito, racismo e diferentes tipos de violência no país

    Nesse contexto, é importante celebrar e gerar reflexões em torno de datas como o Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, em que teria morrido Zumbi dos Palmares, um dos maiores líderes da libertação do povo negro contra o sistema escravista. 

    Contudo, debates sobre o racismo e a potência da cultura afro-brasileira devem fazer parte do cotidiano, de modo a criar uma realidade mais justa e igualitária para todos. Trabalhar a temática desde a infância e ao longo de todo o ano é fundamental para combater a desigualdade racial no país e uma das maneiras de fazer isso é por meio dos livros

    A seguir, veja por que é importante falar sobre representatividade negra com as crianças. Veja também indicações de obras da literatura infantil, com sinopses, feitas pelo Clube Quindim, que buscam representar a diversidade cultural brasileira tanto na temática, quanto na autoria


    Por que é importante abordar a representatividade negra com as crianças

    1. Amplia o número e o tipo de narrativas presentes na literatura.
    2. Dissemina a ideia de respeito a todos os tipos de pessoas.
    3. Fortalece a autoestima das crianças negras.
    4. Consolida a sensação de pertencimento a uma cultura variada, que se originou na mistura de diferentes povos.
    5. Amplia a consciência das próximas gerações sobre os problemas do país e a ideia de que ele foi construído sobre uma base de escravização de pessoas e a não integração dessas pessoas depois que foram libertas, provocando heranças sociais que perduram até hoje. 


    5 livros sobre identidade negra escritos por autoras e autores negros

    Amoras

    Esta é uma obra cheia de sons e com uma intertextualidade que reverbera em nossa mente. Uma obra de tema atual, de representatividade negra, de diversidade, de orgulho, de autoestima. Livros que tematizem e problematizem as relações étnico-raciais são extremamente necessárias para desfazer ideias enraizadas, como aquelas que trazem os personagens negros em papéis de submissão e/ou retratando o período escravista. É fundamental que crianças e jovens não convivam somente com uma representação eurocêntrica de personagens, para isso, nada melhor do que o texto do rapper Emicida, que transporta todo o talento e sensibilidade com que compõe suas músicas para este livro encantador que nos faz lembrar do olhar infantil sobre o mundo que um dia já tivemos. a ideia de que ele foi construído sobre uma base de escravização de pessoas e a não integração dessas pessoas depois que foram libertas, provocando heranças sociais que perduram até hoje.
    Escritor: Emicida | Ilustrações: Aldo Fabrini | Editora: Cia. das Letrinhas


    Cadê?

    Onde foi parar esse menino? Num safári? No Polo Norte? Nas ilustrações da premiada Graça Lima, vamos nos perder no olhar lúdico da criança, que transforma um lugar ou objeto em muitos outros. O livro Cadê? traz uma deliciosa brincadeira para crianças e adultos. Ao mesmo tempo, tem o potencial de desenvolver em nós, leitores, o autoconhecimento e a empatia. Essa obra também traz em seus personagens mais da representatividade que precisamos na nossa literatura.
    Escritora: Graça Lima | Editora: Nova Fronteira


    O menino que comia lagartos

    Você conhece alguém mais rápido que o vento, que conversa com crocodilos e come lagartos? Não? Então, você não conhece o Tikorô, esse menino mora ali do lado, na África. Nesta obra, existe a metáfora do lagarto que perde sua cor e, com muita beleza e sensibilidade, ela é usada para discutir a importância de preservarmos nossa cultura. Conversar com as crianças sobre seus antepassados, sobre as histórias familiares, ajuda na construção da própria identidade e autoestima, além disso, a diversidade de histórias contribui na compreensão e no respeito sobre diferentes culturas.
    Autor: Mercê Lópes | Editora: Edições SM
     

    Caderno de rimas do João

    Todo mundo tem seu caderno de anotações. O que será que encontramos no caderno de rimas de João? Um olhar poético com temas da infância, com palavras que ele vai descobrindo, com relações que estabelece com outras crianças e com o adulto. Lázaro Ramos entrega, já nas páginas deste livro, algumas memórias do seu universo infantil e outras tantas das observações do seu filho. Além disso, na obra, também encontramos alguns diálogos sobre amizade, leitura, amor e autoestima… e outros com temas bastante complicados, como perda, arte, política e diversidade cultural e étnica.
    Escritores: Lázaro Ramos | Ilustrações: Maurício Negro | Editora: Pallas
     

    Quando me descobri negra

    “Tenho 30 anos, mas sou negra há 10. Antes, era morena”. É com essa afirmação que Bianca Santana inicia uma série de relatos sobre experiências pessoais ou ouvidas no círculo de mulheres negras que organizou. Com uma escrita ágil e visceral, a obra denuncia com lucidez – e sem as armadilhas do discurso do ódio – nosso racismo velado de cada dia, bem brasileiro, de alisamentos no cabelo, opressão policial e profissões subjugadas. O livro também traz uma série de situações de racismo que parecem sutis para quem não as vivencia, dando margem a uma interpretação ambígua. Mas, para quem as vive, são situações dolorosas. Certamente, falar sobre a consciência negra nos ajuda a compreender e nomear o que é racismo, tanto para quem o experimenta quanto para quem o observa ou o comete.
    Escritora: Bianca Santana | Ilustrador: Mateu Velasco | Editora: SESI-SP


    Texto: Canguru News 
    Crédito de foto: Depositphotos / Acervo Canguru News
    https://cangurunews.com.br

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