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    Como ajudar a criança a lidar com o bullying: 12 soluções práticas

    Como ajudar a criança a lidar com o bullying: 12 soluções práticas

    A palavra “bullying” vem do termo em inglês “bully”, que significa tirano, brigão ou valentão. Consideramos bullying quando alguém que não pode se defender é agredido verbal ou fisicamente de forma intencional e repetitiva.

    O termo bullying vem ganhando popularidade nos dias de hoje, por isso precisamos tomar muito cuidado para interpretá-lo corretamente. Uma criança que briga com outra no parquinho ou na escola por conta de um brinquedo de forma esporádica, embora essa não seja uma situação agradável, não caracteriza bullying. Já criança que em diversas situações é apontada por usar óculos, por exemplo, se sente diminuída e começa a ter um comportamento mais introvertido ou dores de barriga que não passam por nada, está sofrendo bullying. Sendo assim, como prevenir o bullying?

    Muitas ações podem ser tomadas para preveni-lo. Abaixo, 12 soluções que são muito úteis para lidar com situações de bullying.

     

    1. O bullying só existe se a pessoa agredida se sente diminuída, por isso precisamos ensinar os alunos a ter autovalor e autoestima. Para ajudá-los nesse caminho, podemos começar um debate sobre diferenças:

    • Primeiro ponto do debate: explicar que ninguém é bom em tudo o que faz, que cada um tem suas habilidades e que elas podem ser melhoradas com estudo e dedicação, e que podemos treinar e nos esforçar até ficarmos bons em coisas que não sabemos fazer ou que ainda não temos habilidade;
       
    • Segundo ponto a ser discutido: ninguém é igual a ninguém. Uns são gordos, outros são magros; uns usam óculos, outros não; uns gostam de brincar de bola, outros de boneca; uns gostam de amarelo, outros de verde. É importante explicar que características físicas e de personalidade não fazem ninguém ser mais legal ou mais chato, elas são apenas particularidades sobre cada indivíduo e devem sempre ser respeitadas mesmo que o seu gosto não seja o mesmo.

     

    2. Ser um exemplo. O cérebro humano aprende muito mais com o que vê do que com o que ouve. Então para que as crianças se respeitem, pais e professores devem ser o modelo de respeito, evitando gritar, punir ou falar mal de alguém “pelas costas”.

     

    3. Cuidados com exagero ou superproteção. Por mais que a situação provoque revolta, é importante agir com cautela e avaliar o cenário, tentando não exagerar nem superproteger a criança, afinal de contas, pessoas bem-sucedidas são boas solucionadoras de problemas (estudos científicos comprovam isso). Deve-se ajudar as crianças a resolverem os seus problemas dando a elas habilidades necessárias para que consigam solucionar as dificuldades por conta própria ou com ajuda, mas sem resolver por elas.

     

    4. Não ensine as crianças a bater de volta, por favor! Bater nunca foi e nunca será a solução dos problemas, exceto se for um campeonato de boxe;).

    • Ensine a criança a posicionar-se claramente que agressão física não é aceitável e, se necessário, pedir para um adulto intervir. Violência não é a solução.

     

    5. Ajude o aluno a tirar o poder do outro de machucar e ferir. Sugira que ele faça perguntas como: “Por que isso te incomoda? Sabe que eu gosto de ser assim porque…”

    Exemplos

    • Eu gosto de usar o meu cabelo espetado porque eu fico parecendo um roqueiro e, sabe, eu adoro rock n’roll!
       
    • Eu não ligo para os meus quilos a mais porque adoro estar todos os dias à mesa com a minha família comendo e me divertindo junto com eles.
       
    • Eu adoro brincar de bonecas porque um dia quero ter filhos e já estarei craque.

     

    6. Empatia é uma ótima maneira de começar a solucionar um problema.

    • Tente se colocar genuinamente no lugar do outro para entender os motivos que levaram tanto quem praticou o bullying quanto quem foi agredido a agir daquela forma.
       
    • Não faça para o outro o que você não quer que façam com você.
       

    7. Tentar entender o sentimento por trás do comportamento. O sentimento da criança é sempre válido, o que não é certo é a forma de expressá-lo.

    • Você pode dizer frases como: – Percebi que você estava com muita raiva do seu colega e não é certo bater, podemos tentar algo diferente da próxima vez?; – Notei que você estava com muito medo de apanhar quando aquele menino estava gritando com você. Quer bolar um plano para isso não acontecer mais?

     

    8. O agressor é aquele que não consegue transformar raiva em palavras. Estudos comprovam que todo agressor sempre tem um problema de autoconfiança e autoestima e, para se sentir aceito, age de forma completamente inadequada agredindo o outro, por isso punir o agressor não trata a causa do problema e não é a solução.

    • Na maioria das vezes, pior que ser a mãe ou pai de quem sofreu bullying, é ser mãe ou pai do agressor. Se for o caso, proponha marcar uma reunião com a família do agressor para tentar entender o que está motivando essas atitudes inadequadas e o que se pode fazer para ajudar.

     

    9. Não seja um espectador, faça a diferença! Ensine para as crianças que quem é plateia também faz parte.

    • Se o aluno vier contar algo que aconteceu com amigos e que foi desagradável, pergunte: “O que você fez a respeito? Como você pode ajudar?”. Pense junto com ele em soluções como intervir dizendo que aquele tipo de atitude não é legal, perguntar para o agressor o que está acontecendo para ele ter uma atitude tão desrespeitosa. São todas soluções úteis, relacionadas, respeitosas e que ajudarão todos a superar o bullying.
       
    • Quando você se deparar com alguma cena na rua, em casa ou em qualquer lugar onde existe alguém que não esteja sendo respeitado, dê o exemplo interferindo de maneira respeitosa e útil para a comunidade.

     

    10. Para os pais, é essencial que estejam próximos de seus filhos, conversem sobre como foi o dia, sejam curiosos e mostrem interesse sobre os acontecimentos. Ter um bom diálogo é fundamental para saber o que está bom e o que precisa de aprimoramento.

    • Alguns exemplos de perguntas que estimulam um melhor vínculo com a criança: Qual atividade você curtiu mais na escola hoje? Aconteceu algo engraçado? Você ficou chateado com algo? O que gostaria de agradecer no seu dia? Qual foi a brincadeira do intervalo? Algo deu errado e você poderia ter feito diferente? O lanche estava gostoso? Algum colega foi desrespeitoso com outro?

     

    11. Deixe claro para a criança que ela não está sozinha e ofereça ajuda. Mostre que você está presente.

     

    12. Pare de tentar achar um culpado para o bullying, todos tem uma parcela de culpa. Como pai, mãe ou professor, responsabilize-se pela sua parte e faça sua contribuição com o que você pode. O espírito de comunidade é o que faz a diferença. Todos têm dificuldades na vida que precisam ser superadas. Ao enfrentar uma situação difícil, é importante pedir ajuda: escolas, grupos de pais, amigos, psicólogos, entre tantas pessoas que podem ajudar. Cada um tem a habilidade única de contribuir sob a sua perspectiva para resolver o problema do bullying de uma vez por todas!

     

    Texto: Marcela Noronha 
    Crédito de foto: Acervo Canguru Newss
    https://cangurunews.com.br

     

     

     

     

     

     

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